Em 13/09/2011 – Carta Capital - Brasil
Quando a Cidade do México aprovou a descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação, bispos e padres promoveram uma ruidosa mobilização na tentativa de derrubar a lei, em vigor na capital mexicana desde abril de 2007. O esforço resultou inútil. Passado pouco mais de um ano, a Corte Suprema de Justiça confirmaria a constitucionalidade do texto, desafiando a Igreja na nação com o maior número de católicos do mundo depois do Brasil. A partir de então, o teólogo mexicano Julián Cruzalta, homem de gestos medidos e fala serena, perdeu a paz. Tornou-se alvo recorrente de cobranças da hierarquia eclesiástica e de ataques ferozes por parte de religiosos conservadores. (CLAM)
Veja trecho abaixo da matéria, com fala de Julián Cruzalta ( professor do Centro Teológico da Conferência de Institutos Religiosos do México) sobre o tema da descriminalização do aborto:
“Os conservadores disseminaram a tese de que haveria fila nos hospitais para as mulheres abortarem e me acusaram de defender a indústria da morte. Não desejo que nenhuma mulher latino-americana aborte, mas também não quero ver nenhuma delas ser presa ou morrer em abortos clandestinos. Em quatro anos de descriminalização, pouco mais de 60 mil mulheres fizeram abortos legais na Cidade do México, uma metrópole com 20 milhões de habitantes. Somente uma delas morreu. Antes, era impossível saber quantas mulheres eram hospitalizadas ou morriam.”“Não posso apoiar uma lei que criminaliza as mulheres. O papa voltou a condenar o aborto na última visita que fez a Madri. Mas ele não corre o risco de morrer vítima de um procedimento clandestino malsucedido”
Para ver a matéria completa acesse:
http://www.cartacapital.com.br/destaques_carta_capital/o-frei-e-o-aborto
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